No sábado dia 17 de março aconteceu a primeira assembleia da edt em 2018. Em conversa leve e bem humorada os participantes elegeram a nova diretoria que conta com Pedro Bronz na presidência, Rodolfo Vaz na vice-presidência, Mari Becker e Isabel Vidor na tesouraria, Tainá Moraes e Nat Mizher na secretaria, além dos conselheiros Itauana Coquet, Liana Riente e André Indio.
Depois de dois mandatos como presidenta Natara Ney passou o bastão para a nova diretoria exaltando o 1º encontro de montagem ocorrido no ano passado como um grande marco para edt, que criou um espaço para troca e humanização do trabalho dos montadores. Natara também sugeriu que cada associado traga pelo menos mais um novo associado para que possamos expandir a área de atuação da edt.
Pedro Bronz lembrou que o ano de 2016 foi um ano “estranho” para o Brasil o que refletiu na edt e que o ano de 2018 deve ser encarado como um ano de retomada, materializada na produção do 2° encontro de montagem. Pedro também ressaltou a importância dos encontros presenciais e sugeriu que se formalize encontros a cada dois meses, pelo menos. O presidente também ponderou sobre a precarização dos espaços de trabalho, em especial nas produtoras cariocas, como cadeiras em péssimas condições, o uso constante de fone de ouvido devido a divisão das salas por vários editores, longas jornadas de trabalho, etc. Sendo este um dos temas mais caros a edt, sugeriu-se uma série de medidas para enfrentar a questão, como cartas e encontros presenciais com os produtores e finalizadores, a fim de educar o mercado sobre a importância do editor no processo audiovisual, diminuindo o avanço da precarização do trabalho. Avanço que atualmente ocorre nos mais diversos setores da sociedade.
Mari Becker falou sobre os benefícios de se ter uma diretoria híbrida, com integrantes que já participaram de cargos estratégicos na diretoria em mandatos anteriores, do retorno parcial de antigas diretorias e novos associados, principalmente assistentes, o que pode proporcionar uma maior fluidez nas próxima mudanças de diretoria. Marca que trouxemos desde 2017.
João Velho lembrou da importância dos estudantes na formação da edt, garantindo o futuro e a continuidade da profissão além de preparar melhor os profissionais antes de entrar no mercado de trabalho. Liana Riente sugeriu workshops dentro das universidades alertando os estudantes como realmente funciona o mercado dos assistentes de edição, fortalecendo a categoria desde o início e fornecendo estratégias a fim de diminuir a exploração que sofrem logo no começo da carreira, devido a falta de informação.
Um dos assuntos mais lembrados durante a assembléia foi a organização do 2º encontro edt. Todos falaram com muita alegria do primeiro encontro e se mostraram ansiosos para o novo encontro. Pedro Bronz sugeriu que a organização do encontro edt seja feita por associados que não estão na diretoria para que não haja acúmulo de funções. A associada Nina Galanternick se colocou á disposição mais uma vez para tocar a organização do encontro, junto com outros associados.
A associada Célia Freitas falou brevemente sobre o censo 2017, principalmente que houve baixa adesão do associados. Será marcado um novo encontro para discutirmos o resultado do censo 2017.
Algumas associadas lembraram da importância de conversar com outros editores sobre o cachê que estão recebendo, citando o caso de duas assistentes que faziam o mesmo trabalho, no mesmo projeto e recebiam valores diferentes por mês. Natália e Liana frisaram que esta é uma situação que acontece principalmente com os assistentes e deram como sugestão redigir uma carta às produtoras cariocas a respeito do papel do assistente e sua valorização. Sugestão acatada pelo presidente Pedro Bronz.
Natara Ney falou com preocupação da velhice dos montadores. Se tratando de uma profissão que exige constante atualização técnica e não oferece nenhuma estabilidade sugeriu-se que a edt ajude a formalizar as consultorias pagas. Muitos editores mais experientes já fazem consultorias para filmes sem receber nada por esse serviço. A ideia é que a edt ajude a formalizar a consultoria como mais um serviço que pode ser prestado pelos montadores. Liana sugeriu que os assistentes podem oferecer consultorias de workflow também pagas, garantindo assim mais uma fonte de renda para os editores e assistentes.
João Velho também sugeriu mostras de montagem e aulas virtuais como forma de fazer circular os nomes dos montadores mais experientes.
Ao final formalizou-se a homenagem á Idê Lacreta como a nova sócia benemérita da edt.
Juntos somos mais fortes!